Divulgação de Práticas Inovadoras com o Digital

Os Centros de Competência TIC (CCTIC) de todo o país, em estreita colaboração com a Direção-Geral da Educação (DGE), os Centros de Formação de Associações de Escolas (CFAE), os Embaixadores Digitais e as Escolas, dinamizaram um ciclo de nove Webinars, que tiveram lugar entre 26 de abril e 6 de junho de 2023, com o objetivo de divulgar práticas inovadoras com o digital, elaboradas por diversos Agrupamentos de Escolas e ou Escolas não Agrupadas (AE/Ena) e concebidas no âmbito do Plano de Transição Digital.

Este ciclo de seminários realizados online, coloca em evidência as práticas pedagógicas de referência que se encontram em curso nas diversas escolas do país e promove esta partilha de práticas, passíveis de replicação por outros professores. 

Para cada prática, ficará disponível uma brochura, na plataforma da Capacitação Digital dos Docentes (https://digital.dge.mec.pt/), contendo todas as informações necessárias à sua reprodução.

CANAL YOUTUBE ERTE/DGE

https://www.youtube.com/live/qYw6qlJy20s?feature=share

https://www.youtube.com/live/Z1t6lYisdw8?feature=share

https://www.youtube.com/live/oHUNsrvFS7A?feature=share

https://www.youtube.com/live/P8F4hHORZRg?feature=share

https://www.youtube.com/live/9KiDuailXFc?feature=share

https://www.youtube.com/live/uKbW6WPnnQY?feature=share

https://www.youtube.com/live/WO96moE5oQs?feature=share

https://www.youtube.com/live/3CrwYzc0Aak?feature=share

https://www.youtube.com/live/PBAnJ6yvdwk?feature=share

Competência digital

Estima-se que na Europa, até 2020, mais de 90% dos postos de trabalho exigirão competências nas áreas digitais e 55% da população portuguesa não acompanha essa evolução.

É necessário quebrar esta tendência. As crianças e os jovens que se encontram hoje nas escolas portuguesas contam connosco para que os preparemos para uma participação ativa na sociedade, para as exigências de emprego futuro e para o exercício pleno da sua cidadania num contexto global.

A competência digital constitui-se como um pré-requisito para permitir uma formação inclusiva e de elevada qualidade para todos. Por isso, é urgente repensar a escola que queremos para os nossos alunos e é imperativo que reflitamos, enquanto educadores, sobre a nossa missão numa sociedade em que a competência digital pode ser um fator de exclusão social.

O que é… QR code

A utilização de códigos QR na atividade educativa pode trazer enormes benefícios no envolvimento dos alunos uma vez que esta tecnologia permite transformar uma experiência de aprendizagem num ambiente divertido e interativo. 

Utilizando uma estratégia BYOD (bring your own device) de utilização responsável do smartphone dos alunos é possível dinamizar atividades e distribuir tarefas dando-lhes acesso rápido a qualquer material digital previamente preparado e codificado num código QR.

As instituições de ensino em todo o mundo estão a adotar cada vez mais a utilização da tecnologia QR por ser uma tecnologia amigável ao utilizador e fácil de utilizar pelo educador. O professor pode utilizar Geradores de Código QR para auxiliar os alunos a acederem a materiais de consulta, quizzes, para dinamizar uma caça ao tesouro ou outra tarefa, com grandes vantagens do ponto de vista da motivação do aluno. 

Através da leitura de um código QR no smartphone é realmente fácil partilhar todo o tipo de materiais, informações e tarefas necessárias à realização de aprendizagens. A melhor parte é que a utilização de um smartphone ou de um tablet para aprender com códigos QR faz disso uma experiência divertida para os alunos.

Cidadania Digital

No contexto atual da Capacitação Digital das Escolas, é fundamental o envolvimento das comunidades educativas em iniciativas que promovam a segurança e o bem-estar das crianças e dos jovens, em ambientes digitais.

A Direção-Geral da Educação (DGE), através do Centro de Sensibilização SeguraNet, com a colaboração de um conjunto de entidades de referência, promove iniciativas de Educação para a Cidadania Digital. Nesse sentido, a DGE  dinamiza e apoia a realização de campanhas e iniciativas de sensibilização como o concurso Desafios SeguraNet, a iniciativa Líderes Digitais e a campanha “Cibersegurança nas Escolas”.

No que respeita à capacitação de docentes, encontram-se a decorrer duas formações na modalidade MOOC (Massive Open Online Course) “Bullying & Ciberbullying: Prevenir e Agir” e “Prevenção das Dependências Online de crianças e Jovens”.

Ainda como forma de contribuir para o reforço da segurança nos ambientes digitais, e para promover  a adoção de estratégias mobilizadoras de competências digitais, a DGE apoia as Escolas para que desenvolvam práticas condutoras à obtenção de certificações, tais como o  Selo de Segurança Digital e o  Selo “Escola Sem Bullying I Escola Sem Violência”.

Estão também ao dispor das comunidades educativas serviços de apoio, a saber: a Linha Internet Segura, da responsabilidade da APAV, o CERT.PT, da responsabilidade do CNCS e o Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República.

Consulte a infografia “Iniciativas de Cidadania Digital nas Escolas”.

Blog

Um blog é uma plataforma online para publicação de conteúdo em texto, imagem, vídeo e outros formatos. Pode ser criado e desenvolvido por professores e alunos para partilhar ideias, apresentar trabalhos, divulgar atividades, desenvolver trabalho colaborativo, partilhar recursos educativos e todo o tipo de informação nas comunidades educativas.

Esta é uma boa estratégia para desenvolver competências de leitura e escrita. Ao publicar um post ou fazer um comentário, o aluno desenvolve a expressão escrita e o sentido crítico relativamente a um determinado tema. A leitura e comentário dos posts dos colegas contribui par o desenvolvimento da leitura e do pensamento crítico.

Webquest

A Webquest é uma estratégia de ensino que utiliza a internet como fonte de pesquisa e foi pensada para desenvolver competências de investigação e pensamento crítico nos alunos.

É uma atividade guiada, em que o professor apresenta um problema ou desafio que deve ser resolvido por meio de uma pesquisa online. O principal objetivo desta estratégia é que os alunos aprendam a pesquisar, avaliar e utilizar informação da internet de forma crítica e responsável.

Uma Webquest é dividida em seis etapas:

1. Introdução: apresentação do tema e do objetivo da atividade.

2. Tarefa: descrição do problema ou desafio que os alunos devem resolver.

3. Processo: orientações detalhadas sobre como os alunos devem realizar a pesquisa online.

4. Recursos: lista de sites, livros e outras fontes de informação que podem ser utilizados na pesquisa.

5. Avaliação: critérios de avaliação da atividade.

6. Conclusão: discussão dos resultados da pesquisa e reflexão sobre o processo de aprendizagem.

A Webquest é uma estratégia de ensino que pode ser utilizada em várias disciplinas e níveis de ensino, do básico ao secundário.

Podcast

O podcast é um meio audiovisual digital criado através da gravação e edição de episódios de áudio para serem disponibilizados e difundidos na internet, de forma gratuita, por meio de plataformas de streaming tais como Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, entre outras.

Os potenciais ouvintes recorrem a estas plataformas para assinar e seguir os seus programas favoritos, recebendo notificações sempre que estiverem disponíveis novos episódios. Os conteúdos ficam armazenados no dispositivo móvel do utilizador e podem ser ouvidos de acordo com o seu ritmo e tempo disponível, em qualquer altura, em qualquer lugar.

O podcast pode ser uma estratégia educativa rica, oferecendo aos alunos acesso flexível a conteúdos educativos numa variedade de formatos de apresentação. A facilidade de criação e distribuição deste meio audiovisual, associada a um grande potencial de oportunidades de aprendizagem ativa, proporcionam uma grande vantagem educativa numa opção de baixo custo para as escolas.

A criação de um podcast exige alguma experiência em captação e edição de áudio e requer investimento em equipamento específico que inclui microfone, interface áudio e headphones, para além de ferramentas específicas de edição no computador.

Curadoria de conteúdos

A curadoria de conteúdos é uma dinâmica que envolve pesquisa, seleção e agregação de conteúdos segundo a sua qualidade, originalidade e relevância. Nesta estratégia os alunos atuam como curadores para identificar conteúdos relevantes para os temas de interesse mediante a organização e disponibilização de álbuns temáticos. Estão disponíveis para este efeito ferramentas de marcadores visuais que ajudam o aluno a descobrir e guardar ideias criativas, imagens, textos e outros elementos do seu interesse.

Por sua vez, o professor pode colecionar e partilhar com os alunos conteúdos confiáveis que orientem o seu estudo, tais como resumos, livros, vídeos, apresentações, aulas, debates, conferências e outros conteúdos auxiliares para o aperfeiçoamento de competências. Esta estratégia pode ser de grande utilidade quando aplicada nos cursos do Ensino Secundário ou Profissionais.

Portefólio digital

A integração dos portefólios digitais no currículo constitui a oportunidade perfeita para os alunos se apresentarem a si próprios e desenvolverem as suas capacidades e competências de aprendizagem num organizador gráfico que ultrapassa o que se pode aprender através da mera utilização e consulta do manual.

O portefólio digital pode ser explorado como uma forma de retratar o aluno na sua globalidade. As evidências partilhadas pelo aluno no seu portefólio constituem um valioso recurso à disposição do professor para avaliar o seu desempenho numa variedade de áreas disciplinares.

Ao contrário do que acontece através da avaliação num teste escrito que decorre num momento específico e depende de como o aluno se sente naquele dia, a avaliação do mesmo aluno através do seu portefólio fornece uma grande variedade de evidências sobre o quanto aprendeu e cresceu ao longo de um determinado período de tempo.

Na implementação de portefólios deve ser clarificada a visão e o entendimento sobre o processo de desenvolvimento que se pretende alcançar. O facto de serem desenvolvidos no domínio digital traz vantagens óbvias ao nível da partilha e do trabalho colaborativo.

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