No dia 20 de outubro assinalou-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying, com o intuito de sensibilizar para um problema com o qual se debatem muitas crianças e jovens em todo o mundo. Segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV)*em dois anos, o número de situações de bullying reportadas à APAV cresceu 181%. Mais de 50% das vítimas de bullying que foram apoiadas na APAV entre 2020 e 2022 tinha entre 11 e 17 anos de idade. Os distritos de origem das vítimas com maior destaque são Lisboa (29,1%), Porto (16,3%) e Braga (6,6%). Em 70,9% dos casos, o autor da situação de bullying era não só da mesma escola mas também da mesma turma que a vítima. Predomina a violência verbal (37,8%), embora a violência física também seja de destacar (32,7%). Em 81,7% das situações, esta prática de bullying ocorreu no estabelecimento de ensino. Esta é uma realidade preocupante para a qual importa sensibilizar. Porque ninguém tem o direito de humilhar ou agredir verbal ou fisicamente o outro, importa que todos compreendamos o papel importante que podemos ter no debelar desta problemática, pelo conhecimento das causas e consequências do bullying, no sentido de estarmos atentos e sermos capazes de identificar situações, agindo adequadamente e ativando os recursos mais indicados no sentido de combater este flagelo que impacta negativamente não só nas vítimas, mas também nos seus familiares e amigos.
O Bullying não é uma Brincadeira e deve ser encarado como um problema de todos.
*Fonte: https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/3311-estatisticas-apav-bullying-2020-2022

Sílvia Pereira – Psicóloga no Agrupamento